Lesões no Esporte

Dúvidas Frequentes

F.A.Q.

O funcionamento do joelho pode ser alterado na presença de lesão, desgaste ou doença. É aí que a dor aparece. Ela pode ser de dois tipos:

  1. Traumática, decorrente de queda ou batida durante atividade física;
  2. Degenerativas, como a artrose.

A articulação pode doer devido a processos inflamatórios, incluídas as doenças autoimunes, como artrite reumatoide, espondiloartrite e lúpus.  Além dessas situações, desgaste por uso excessivo da articulação, desalinhamento dos joelhos e sobrepeso entram na lista de causas de desconforto.

Embora a dor seja o principal sinal de que há algo errado no joelho, ela pode vir acompanhada de inchaço, calor, dificuldade para se mover e até febre baixa (quando houver inflamação). Podem ocorrer, ainda, ruídos tipo estalo ou rangido na região ao se movimentar.

Quanto à dor, especificamente, pode ter intensidades diferentes, atacar em um ou mais pontos, piorar depois de muito tempo na mesma posição ou pela manhã (a chamada rigidez matinal).

Marque uma consulta um médico ortopedista ou um reumatologista quando qualquer um dos sintomas descritos persistir ou começar a atrapalhar as atividades do dia a dia.

As queixas mais comuns são dor na parte anterior (frente) do joelho, decorrentes de lesões durante a prática de esportes, quedas e pancadas, além das tendinites. Outro problema que se repete é a lesão do ligamento anterior cruzado, também conhecida como “lesão do atleta”.

A investigação da causa da dor começa com exame clínico e físico – o médico vai querer conhecer seu estilo de vida e hábitos e observar no corpo algo que indique a origem da dor, como desalinhamentos posturais. Só depois, se for o caso, deve solicitar exames de imagem para uma avaliação mais precisa.

No caso de lesão no ligamento cruzado, por exemplo, em 95% das situações basta o exame clínico para identificar. Nos outros 5%, em que a conclusão imediata é impossível, o especialista pede uma ressonância. Aliás, destaca-se que fazer vários exames não é determinante e, às vezes, nem necessário para o diagnóstico.

Uma radiografia ou ressonância magnética ajuda, mas são complementos e, muitas vezes, dispensáveis. O principal é a escuta da história do paciente (anamnese) e o exame físico. Outras análises que podem ser solicitadas são exames de sangue (para descobrir algum processo inflamatório ou anticorpos), densitometria óssea, tomografia computadorizada e ultrassom.

No ligamento cruzado anterior (lesão do atleta): é a principal causa de dor no joelho e está diretamente ligada a traumas durante a atividade física. Localizado na parte interior do joelho, esse ligamento forma um X com outro ligamento situado na parte posterior (o cruzado posterior). Juntos, eles controlam a atividade da articulação. A lesão pode levar ao rompimento do menisco e, com o tempo, se não tratado, pode evoluir para artrose. As mulheres são as principais vítimas.

Uma vez definida a causa da dor no joelho, o que se segue é o início do tratamento. O mais comum é que seja à base de medicamentos, fisioterapia e orientações para a prática de exercícios e mudanças de hábitos. Cirurgia costuma ser uma opção apenas quando não houver resposta satisfatória a essas abordagens.

  • Fuja da automedicação: tomar remédio por conta própria atrasa diagnósticos precisos. E quanto mais cedo se souber a causa da dor, maiores as chances de resolvê-la. Se junto com dor houver inchaço ou rigidez, principalmente pela manhã, vá ao médico.
  • Enfrente a dor: se ela for persistente, o melhor é marcar uma consulta com o ortopedista em vez de camuflá-la com analgésicos e anti-inflamatórios.
  • Faça os exercícios certos: um fisioterapeuta ou educador físico pode ajudar a descobrir quais movimentos evitar e quais incluir no treino para fortalecer os músculos ao redor do joelho e prevenir dores.
  • Respeite a articulação: tome cuidado com movimentos de parada brusca e corridas em declive, que sobrecarregam a articulação, principalmente a parte da frente da patela. Isso vale para qualquer joelho: com ou sem dor.
  • Evite atividades repetitivas: pular corda, subir e descer escadas e fazer agachamento são exercícios a serem feitos com moderação para quem tem joelho com limitação.
  • Pedale certo: ajuste a altura do selim da bicicleta de modo que as pernas não fiquem totalmente estendidas nem flexionadas demais ao pedalar.
  • Adapte os exercícios: pense em substituir atividades de alto impacto, como futebol, corrida, além de exercícios de musculação que exigem muito dos joelhos, por modalidades menos agressivas com essa articulação.